A primeira postagem para esse blog, com fins educativos, criado para as aulas de TIC’s (Tecnologia da Informação e Comunicação aplicada à educação), se remete ao último capítulo do livro de Magda Soares, Alfabetização e Letramento: “a proposta Paulo Freire de alfabetização, não é, na verdade, a proposta de um método...”
Segundo a autora Magda Soares identificar Paulo Freire como um criador de uma metodologia para jovens e adultos é incorreto e reducionista. O brasileiro, considerado um dos maiores educadores, se não o maior, criou muito além de um método, segundo a autora, criou uma concepção de alfabetização e também uma nova concepção de educação. Trata-se da educação como prática da liberdade, educação para a conscientização, e não apenas isso, para ele a alfabetização não era uma técnica mecânica de codificação/decodificação de palavras é, portanto, um ato de reflexão, criação, libertação, conscientização.
Para Paulo Freire, a sala de aula é considerada um Círculo de Cultura, o alfabetizador um coordenador de debates, o alfabetizando um participante do grupo (sujeito ativo, que traz experiências e sabedoria, vive e sofre um lugar social), a interação do coordenador e participantes é vista como diálogo.
Assim, a proposta do educador de alfabetização não é a proposta de um método, é algo muito, além disso, para Magda ele criou uma teoria de alfabetização, sugerindo para a alfabetização utilização de palavras do contexto vocabular dos alfabetizando e propunha uma alfabetização reflexiva e crítica.
“A alfabetização pode ser usada para domesticar ou para libertar”
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